De acordo com Túlio César Fernandes Neves, promotor Membro do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (Ncap) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), a delegada e o escrivão da delegacia de Alagoa Grande, Maria Solidade de Sousa e Alexandre de Souza teriam oferecido ao policial rodoviário federal o arquivamento de um inquérito em que este seria réu.
A partir daí, a delegada teria combinado com o policial o pagamento de uma quantia de R$ 5 mil, que seria paga em duas parcelas. A primeira parcela foi paga em 10 de abril e a segunda seria nesta quinta-feira (22) , antes do pagamento desta segunda parcela, o servidor denunciou o crime e o Ncap acompanhou a ação.
Nesta quinta-feira, o Gaeco e o Ncap cumpriram os dois mandados de prisão contra os suspeitos e três mandados de busca e apreensão na delegacia de Alagoa Grande e na residência dos suspeitos em João Pessoa.
Ainda de acordo com informações do Ncap, o juiz da comarca de Alagoa Grande determinou que Maria Solidade e Alexandre fossem encaminhados para a Central de Monitoramento do Estado, onde serão colocadas tornozeleiras eletrônicas nos suspeitos, e seguirão para prisão preventiva domiciliar.
De acordo com o MPPB, o nome da operação “Cara de Pau” foi em alusão ao "atrevimento dos dois acusados de cometerem um ato de concussão dentro de uma delegacia, achando que não responderiam pela conduta". O crime está previsto no Artigo 316 do Código Penal, como o ato de exigir vantagem indevida, na qualidade de servidor público.
Procurada pelo G1, a Polícia Civil da Paraíba disse que deve divulgar um posicionamento sobre o caso ainda nesta quinta-feira.
A defesa da delegada Maria Solidade disse que a cliente é inocente e que buscará a revogação da prisão. Afirmou também que não teve acesso à investigação que resultou na prisão dela.
A defesas do escrivão não foi localizada para falar a respeito da prisão.
G1
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