sábado, 14 de abril de 2018

Incra-PB - Crianças conhecem fábrica de polpas de frutas em assentamento no litoral sul da PB

Um grupo de 65 crianças do Assentamento Nova Vida, em Pitimbu, na Região Metropolitana de João Pessoa, conheceu, na quarta-feira (11), as instalações de uma agroindústria familiar de polpas de frutas que funciona na comunidade. O objetivo da visita, organizada pelas professoras da escola do assentamento, foi lembrar o Dia Mundial da Saúde, comemorado em 7 de abril, e conscientizar as crianças sobre a importância da higiene na manipulação dos alimentos e da alimentação saudável.

Durante três horas, as crianças, com idades entre seis e dez anos, receberam noções sobre o fluxograma de produção das polpas de frutas e conheceram as três áreas da agroindústria familiar, que funciona há cerca de seis anos na agrovila do Assentamento Nova Vida. O grupo começou a visita pela área onde as frutas são recepcionadas e onde acontecem os processos de seleção e higienização. Em seguida, as crianças viram como é feito o processamento das frutas para a extração das polpas e, por último, conheceram as etapas de envasamento e de congelamento da polpa de fruta processada.

O grupo também recebeu noções sobre o uso consciente da água, sobre as vantagens do trabalho coletivo e sobre os cuidados com a alimentação. As crianças aprenderam ainda as diferenças entre o refrigerante e o suco natural de frutas.



O agricultor assentado e técnico em agroindústria Sílvio Carlos da Silva Fideles, que é o dono da Polpa de Fruta Nova Vida, contou que os pais de muitas das crianças que participaram da visita à agroindústria fornecem as frutas que são transformadas em polpas.

“Fiquei muito feliz em ver a alegria e a surpresa no rostos das crianças. Elas passavam todos os dias na frente da agroindústria, mas não conheciam o interior e não sabiam o que acontecia lá dentro. Muitas nem sabiam que os pais forneciam frutas para a agroindústria”, disse Fideles.

Segundo ele, uma das crianças comentou com uma das professoras que “iria estudar muito para trabalhar na agroindústria”.

“Pra mim, foi revigorante. Não imaginava que as crianças iam ficar tão surpresas. Acredito que o fato de o ambiente ser muito limpo, totalmente revestido com cerâmica e climatizado chamou a atenção das crianças”, afirmou Fideles.

A visita das crianças à agroindústria foi finalizada com muito suco de umbu-cajá, manga e maracujá. “Explicamos que, para tormarmos aqueles sucos, foi necessário muito trabalho dos agricultores e todo um cuidado com o processamento daquelas frutas”, concluiu. 


Curiosidade empreendedora

Paulo Henrique Pontes da Silva, 12 anos, aluno do 5º ano do Ensino Fundamental, foi uma das crianças que visitou a agroindústria. O que mais chamou a atenção do menino foram as máquinas utilizadas no processamento das frutas e no envase da polpa.

“Gostei muito da visita. Achei interessante a despolpadeira de frutas, o liquidificador industrial e a seladora que fecha os pacotes de polpa”, afirmou Paulo Henrique, acrescentando que quer trabalhar com polpas de frutas quando crescer.


Polpa de Fruta Nova Vida

Apesar de pertencer a apenas uma família do assentamento, a agroindústria de polpas de frutas adquire e processa a produção de goiaba, cajá e umbú-cajá de outras famílias do Nova Vida e a produção de assentamentos vizinhos, a exemplo do Assentamento Apasa, que fornece maracujá, do assentamento Camucim, que fornece mangaba, e dos assentamentos Sede Velha do Abiaí, Teixeirinha e Taquara, que fornecem cajá. Outras frutas, como manga, acerola, caju e graviola, saem da parcela de Fideles e de sua mãe, Crilene Targino da Silva Fideles.

A produção da agroindústria chega a cerca de quatro toneladas de polpas por mês e varia de acordo com a sazonalidade das frutas. Nenhuma das polpas de frutas recebe conservantes, nem qualquer outro produto químico, de acordo com Fideles.

As polpas são envasadas em pacotes de 100 gramas ou de um quilo e são comercializadas em feiras que acontecem em João Pessoa, como a que é realizada todos os sábados na Central de Comercialização da Agricultura Familiar (Cecaf), e também em bares, restaurantes e pousadas da capital paraibana e de municípios do Litoral Sul do estado.
INCRA

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