domingo, 28 de maio de 2017

Chuvas tiram mais de mil famílias de casa em Alagoas; governo decreta emergência em Maceió e Marechal

Faz uma semana que chove forte em todo o estado, mas os estragos se intensificaram na madrugada de sábado (27). Em Maceió, 4 pessoas morreram e outras 4 ainda estão desaparecidas.

Mais de mil famílias tiveram de deixar as suas casas em Alagoas por conta das chuvas, informou o governo do estado neste domingo (28). Na capital, Maceió, há 212 famílias desabrigadas e outras 650 desalojadas (tiveram de buscar abrigo em casa de amigos ou parentes).

Faz uma semana que chove forte em todo o estado, mas os estragos se intensificaram a partir da madrugada de sábado (27). Em Maceió, 4 pessoas morreram e outras 4 ainda estão desaparecidas. As chuvas causaram deslizamentos de barreiras, elevação de rios e alagamentos na capital e interior.

Além da capital, as pessoas tiveram de deixar as casas em outras três cidades da Grande Maceió: Marechal Deodoro (250 famílias desabrigadas), Pilar (30 desabrigadas e 35 desalojadas), Atalaia (200 desalojadas).


Por causa dos danos, o governador Renan Filho decretou situação de emergência em Maceió e Marechal Deodoro, na região Metropolitana. A informação foi divulgada neste domingo (28), pela Secretaria de Comunicação. Além dessas duas cidades, prefeituras de Pilar e Rio largo também decretaram emergência. Em Paulo Jacinto, o prefeito decretou estado de alerta.

“A situação é de emergência, mas estamos preparados para fazer os enfrentamentos. Já contactei o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Hugo Wanderley; o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, e o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, como forma de estarmos todos juntos, colaborativamente, enfrentando essa situação de emergência em virtude das fortes chuvas que se abateram sobre o Estado”, declarou o governador.

Ele informou que outros municípios podem passar a fazer parte do drecreto e que a situação está sendo avaliada por uma equipe.

Em Jacuípe, famílias foram desalojadas e desabrigadas durante esta madrugada, por causa da elevação do nível do rio, que dá nome à cidade. Segundo o governo, ainda não se tem números porque o município da região Norte encontra-se sem comunicação.

No estado, mais de 1300 famílias ficaram desalojadas (tiveram que deixar os imóveis). Destas, cerca de mil não tiveram para onde ir e estão em abrigos públicos. O restante foi para a casa de amigos e parentes.

Segundo o governo, os municípios mais atingidos pelas chuvas, dentre os quais: Atalaia, Jacuípe, União dos Palmares, Marechal Deodoro e Murici.
O nível da lagoa Manguaba subiu e moradores do Centro Histórico de Marechal Deodoro estão ilhados. A população está deixando as casas e, em algumas ruas, só é possível sair com a ajuda de canoas. Equipes do Exército ajudam na retirada de famílias que tiveram as casas tomadas pelas águas.

O Instituto Federal de Alagoas informou que as aulas no Campus Marechal Deodoro foram suspensas para esta segunda-feira (29). A chuva que cai na cidade também causou alagamento na escola, inundando as quadras esportivas, o estacionamento e outras dependências.

Nível dos rios elevado
De acordo com a Sala de Alerta da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), o nível dos rios Paraíba e Mundaú permanece elevado, embora tenha se estabilizado. A preocupação maior é com o Mundaú, porque chove com intensidade nos municípios pernambucanos de Correntes e Canhotinho, onde ficam as cabeceiras do rio.

Outra preocupação é com os níveis das lagoas Mundaú e Manguaba, que mesmo com a diminuição das chuvas permanecem a acumular água pelos próximos três dias, afetando diretamente os municípios de Marechal Deodoro e Pilar.

“Durante a tarde deste domingo, as chuvas se concentram no extremo Norte de Alagoas, na região de Jacuípe, e em parte da Zona da Mata. Amanhã, o tempo fica mais seco em todo o Estado”, informou o meteorologista da Sala de Alerta da Semarh, Vinícius Pinho.

ClickPB

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