sexta-feira, 27 de março de 2015

Quatro dias após fazer parto em casa, PM tem filho morto com 6 tiros no DF

Um homem de 26 anos morreu na noite desta quinta-feira (26) depois de ser executado com seis tiros na quadra 50 do Setor Leste, no Gama, no Distrito Federal. De acordo com a Polícia Civil, testemunhas afirmam que três pessoas encapuzadas cometeram o crime. O assassinato ocorreu por volta das 21h20. A Polícia Militar informou que a vítima se chamava Rafael Bruno da Cruz Parente e é filha do sargento que fez o parto de emergência no quintal de uma casa no Varjão.

Segundo a polícia, o rapaz foi atingido pelos disparos no tórax e na nádega. Testemunhas disseram também que o trio saiu de um carro escuro, com modelo não identificado e, armado, mandou o homem virar de costas e colocar a mão na cabeça. Em seguida, efetuou os disparos e fugiu.
Uma pessoa que passava no local no momento do crime socorreu o jovem e o levou para o hospital regional. Ele foi atendido na emergência e encaminhado ao centro cirúrgico, mas não resistiu.
Por telefone, o sargento afirmou ao G1 que não morava com o filho e não tinha muito contato com ele. Ele disse que o jovem tinha antecedentes criminais. "Ele não era uma pessoa com boa índole, já tinha sido preso duas vezes e não andava muito lá em casa", disse. "Nós tínhamos um relacionamento um pouco afastado."
Segundo o PM, familiares afirmaram que dois rapazes saíram de um carro preto e mandaram o Rafael e uma segunda pessoa encostarem na parede, se identificando como policiais. O sargento disse que os criminosos dispararam 20 tiros contra a Rafael com uma metralhadora. O rapaz morava na quadra em que foi assassinada.
"Eu me conformo com a situação, e a gente sabe a índole do filho que tem, né?", disse. "Eu sabia muito pouco da vida dele."



O enterro da vítima será neste sábado, às 10h30, no cemitério do Gama. A 14ª Delegacia de Polícia investiga o crime.
Parto de emergência
O parto foi feito na tarde de segunda-feira (23), no quintal de uma casa no Varjão, por três policiais militares. Segundo o soldado Murilo Marques, a mãe já tinha estourado a bolsa e estava sem condições de locomoção quando a equipe chegou ao local.
"Ela estava em um colchão improvisado, bem precário, e já em trabalho de parto. Os bombeiros não tinham chegado, a gente não tinha maca. Eu e outro soldado decidimos fazer o parto porque o bebê já estava coroando", diz o policial do 24º batalhão, que atende Lago Norte e Varjão.

A ação foi registrada em vídeo por outros PMs (veja ao lado). Nas imagens, Marques aparece dando tapinhas nas costas do recém-nascido para desobstruir as vias respiratórias. "A menina estava com o cordão umbilical enrolado no pescoço. Fizemos uma técnica para retirar e, depois do parto, bati nas costas até ela começar a chorar", afirma.

G1

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